Arian posted 3 semanas ago
Em nossa longa trajetória no Direito de Família, sabemos que uma das maiores barreiras para garantir o sustento de um filho é a preocupação com os custos de um processo judicial. Muitas mães e pais abrem mão de um direito essencial por acreditarem que não podem arcar com os honorários de um advogado. É por isso que uma das perguntas mais importantes que recebemos é: como pedir pensão alimentícia na justiça gratuita?
É fundamental que você saiba: o acesso à justiça é um direito de todos, garantido pela Constituição. A falta de recursos financeiros não pode e não deve ser um impedimento para que seu filho receba o que é necessário para seu desenvolvimento.
Nossa missão com este guia é desmistificar esse processo. Vamos mostrar o caminho, passo a passo, para que você possa buscar os direitos do seu filho através da Defensoria Pública. E mais do que isso, vamos explicar as vantagens, as limitações e quando a contratação de um advogado particular pode ser a melhor estratégia para o seu caso específico.
O primeiro passo é entender se você se enquadra nos critérios para ser atendido pela justiça gratuita. O serviço, prestado principalmente pela Defensoria Pública, é destinado a pessoas que não têm condições de pagar as custas do processo e os honorários de um advogado sem prejudicar o próprio sustento e o de sua família.
Critério Principal: A Renda Familiar
Cada estado tem suas próprias regras, mas, de modo geral, o critério é baseado na renda mensal da família. Em muitos lugares, o limite é de até 3 salários mínimos por mês. No entanto, esse número não é absoluto. A situação é analisada caso a caso, considerando também os gastos essenciais da família, como aluguel, saúde e outras despesas.
A Declaração de Hipossuficiência
Para comprovar essa condição, você precisará assinar um documento chamado Declaração de Hipossuficiência (ou Declaração de Pobreza). É uma declaração, sob as penas da lei, de que você não tem recursos para arcar com os custos do processo. É um documento sério, e informações falsas podem levar a penalidades.
O caminho para solicitar a pensão através da Defensoria Pública é bem estruturado. Nós o resumimos para você:
1. Agendamento do Atendimento:
A maioria das Defensorias exige um agendamento prévio. Verifique o site da Defensoria Pública do seu estado ou ligue para o número gratuito (geralmente um 0800) para marcar seu horário. Em muitos locais, o agendamento e até o primeiro atendimento já podem ser feitos online.
2. A Primeira Consulta:
No dia agendado, você conversará com um atendente ou diretamente com um defensor público. É o momento de relatar toda a sua situação: quem é o pai/mãe da criança, qual a situação financeira dele(a) (se você souber), quais são as necessidades do seu filho, etc. Seja o mais detalhista possível.
3. Reunião dos Documentos:
Você receberá uma lista de todos os documentos necessários. Esta é a fase mais crucial. A falta de um único documento pode atrasar todo o processo. Mais abaixo, detalhamos a lista completa.
4. A Petição Inicial:
Com todos os documentos em mãos, o defensor público irá elaborar a petição inicial, que é o documento que dá início ao processo judicial de alimentos. Ele será seu representante legal em todas as fases.
Organizar a documentação é meio caminho andado. Embora possa variar um pouco, a lista básica é a seguinte:
Seus Documentos Pessoais:
Documentos do Filho:
Documentos/Informações do Pai/Mãe (Quem vai pagar):
Comprovantes das Necessidades da Criança:
Após a entrega dos documentos, o processo segue seu rito na justiça:
É importante ter uma visão realista do serviço. A Defensoria Pública realiza um trabalho essencial e de alta qualidade, mas, como todo serviço público, possui suas características.
Vantagens:
Possíveis Limitações:
A justiça gratuita é um direito e, para a grande maioria dos casos, é o caminho mais adequado. No entanto, em nossa prática, observamos que certas situações se beneficiam enormemente de um acompanhamento particular e especializado.
Um advogado particular pode ser a melhor opção quando:
É uma questão de análise. A contratação de um advogado particular é um investimento que visa um resultado potencialmente mais rápido e, em casos complexos, um valor de pensão mais justo, pois o profissional terá mais tempo e recursos para investigar a fundo a real capacidade financeira do alimentante.
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